À Daniela Versieux
I
A poesia não destingue:
Dá-se bem com qualquer tema,
Seja ele coisa simples,
Seja ele um dilema.
Pode ser sobre o amor,
Viagens ou natureza,
Sobre a ira ou inveja,
Até sobre a beleza.
O tema é o caminho
Escolhido a trilhar.
Saber por onde se vai
Ajuda a começar.
II
O molde é um forma
A poesia não destingue:
Dá-se bem com qualquer tema,
Seja ele coisa simples,
Seja ele um dilema.
Pode ser sobre o amor,
Viagens ou natureza,
Sobre a ira ou inveja,
Até sobre a beleza.
O tema é o caminho
Escolhido a trilhar.
Saber por onde se vai
Ajuda a começar.
II
O molde é um forma
De estruturar a estética.
Definindo-se em um corpo
Onde vai sua poética!
Há quadras e redondilhas,
Odes, trovas e haikais,
Poesias, poemas, baladas,
Sonetos e outros mais.
Escolha o que lhe agrada
E entenda como é feito,
Pois quem escreve poesias
As escreve com efeito!
III
Se esta arte tiver uma alma,
Nas palavras ela mora.
Escolha-as com cuidado,
Definindo-se em um corpo
Onde vai sua poética!
Há quadras e redondilhas,
Odes, trovas e haikais,
Poesias, poemas, baladas,
Sonetos e outros mais.
Escolha o que lhe agrada
E entenda como é feito,
Pois quem escreve poesias
As escreve com efeito!
III
Se esta arte tiver uma alma,
Nas palavras ela mora.
Escolha-as com cuidado,
Muita calma e sem demora.
As palavras são curingas,
Lembra bem um carteado:
Dependendo da junção
Mudam de significado!
Quando assim se comportam
De metáforas as chamamos:
Palavras criam imagens
Ou mesmo os sons que cantamos.
IV
Quem sustenta a armação
É conhecido por verso,
Assim é a gravidade
Sustentando o universo.
A cria pode ser livre
Ou mesmo metrificada.
Quem escolhe é você
Durante a empreitada.
Pode ter a extensão
Que você determinar.
Seja sábio ao quebrá-lo
E prudente ao parar!
V
Outrora como irmãs,
Hoje andam separadas?
Cadência e poesia
Já andaram de mãos dadas:
Palavras perfeitas pulam
Às mãos macias do autor
Como cristal colorido
Reflete seu resplendor.
Muitos recursos dão ritmos.
Outros... não. São bem mais fortes:
São as pausas do versado.
Experimente esses cortes.
VI
Há rimas pobres e ricas,
Com palavras cruzadas,
Masculinas ou inversas,
Toantes ou coroadas...
A rima impõe um ritmo
Além do já existente.
Palavra imagem som:
Efeito polivalente!
Há quem rime no final
O que é o mais comum.
Mas O Corvo do Edgar
Não é para qualquer um!
VII
Tudo isso que foi posto
Na verdade não é nada:
Há muito mais a ser visto
Sobre esta arte mui versada.
O básico já foi dito,
Até exemplificado!
Cabe agora ao leitor
Buscar o significado.
Mas de nada adianta
As palavras são curingas,
Lembra bem um carteado:
Dependendo da junção
Mudam de significado!
Quando assim se comportam
De metáforas as chamamos:
Palavras criam imagens
Ou mesmo os sons que cantamos.
IV
Quem sustenta a armação
É conhecido por verso,
Assim é a gravidade
Sustentando o universo.
A cria pode ser livre
Ou mesmo metrificada.
Quem escolhe é você
Durante a empreitada.
Pode ter a extensão
Que você determinar.
Seja sábio ao quebrá-lo
E prudente ao parar!
V
Outrora como irmãs,
Hoje andam separadas?
Cadência e poesia
Já andaram de mãos dadas:
Palavras perfeitas pulam
Às mãos macias do autor
Como cristal colorido
Reflete seu resplendor.
Muitos recursos dão ritmos.
Outros... não. São bem mais fortes:
São as pausas do versado.
Experimente esses cortes.
VI
Há rimas pobres e ricas,
Com palavras cruzadas,
Masculinas ou inversas,
Toantes ou coroadas...
A rima impõe um ritmo
Além do já existente.
Palavra imagem som:
Efeito polivalente!
Há quem rime no final
O que é o mais comum.
Mas O Corvo do Edgar
Não é para qualquer um!
VII
Tudo isso que foi posto
Na verdade não é nada:
Há muito mais a ser visto
Sobre esta arte mui versada.
O básico já foi dito,
Até exemplificado!
Cabe agora ao leitor
Buscar o significado.
Mas de nada adianta
O esforço desmedido.
Se o leitor ao ler não busca
Pelo prazer escondido.
VIII
Diz o célebre ditado:
O aluno quando pronto,
Esteja onde estiver,
Vai o mestre ao seu encontro.
Se o leitor ao ler não busca
Pelo prazer escondido.
VIII
Diz o célebre ditado:
O aluno quando pronto,
Esteja onde estiver,
Vai o mestre ao seu encontro.
Eu 'inda espero o meu
E ele pode demorar...
Enquanto ele não vem
Aproveito p'ra treinar!
Ao unir os elementos
Encerro esta canção.
O todo se fez presente
Em cada composição!
20/09/2011
Adorei!
ResponderExcluirObrigada!
Queria responder-lhe em versos, sabe? Mas ainda não estão prontos... O tempo da poesia é outro...
Há tanto a se dizer
o poema não vai caber
espere o porvir
há brotos, a florir
Relendo seu poema, releio o meu. Relendo o meu poema, vejo o quanto estava enganada: não consegui fazer brotos florescerem, como desejava. O poema até vai sair, já está pronto,mas não chega aos pés da discussão que você faz aqui. Minha opção pelo modernismo, se é que eu posso dizer isso, é muito mais conjuntural do que ideológica. E o poema é isso: um pouco de emoção, um pouco de brincadeira com as palavras, nenhuma regra a ser seguida. É pura contradição! Abraços!
ResponderExcluirE eu sei que você tem explicação para tudo hahaha. Por isso nem vou falar da métrica. Mas o que você diz no poema faz muito sentido. Por isso estou pensando em postar um poema com versos livres para agradar o outro público rsrs.
ResponderExcluirA questão não é ter explicação para tudo, mas deixar a explicação no próprio poema:
ExcluirNo canto IV você encontra:
"A cria pode ser livre
Ou mesmo metrificada.
Quem escolhe é você
Durante a empreitada."
e no canto VII:
"O básico já foi dito,
Até exemplificado!
Cabe agora ao leitor
Buscar o significado."
Acredito que você possa ter encontrado x versos que não são de 7 sílabas... Mas... "o básico já foi dito, até exemplificado!"
E finalizando no último canto:
"Ao unir os elementos
Encerro esta canção.
O todo se fez presente
Em cada composição."